Em tempos de campanha eleitoral, os
candidatos e coligações recorrem a meios lícitos e ilícitos para tentarem
angariar mais votos e aliados para as suas eleições. A Justiça Eleitoral tem
sido dura com aqueles que não cumprem as determinações impostas por ela, punindo
de forma exemplar quem infringe e não respeita a lei.
Em Ipiranga do Piauí ou não há denúncia
ou tudo pode. Não se vê, na cidade, nenhum carro de som que cumpra à risca, a
determinação da Justiça. Escolas, hospital, igrejas, fórum, tudo isso convive,
nesses tempos, com a zoada imposta pelos carros de som que “despejam” em nós
todos os seus possíveis decibéis como se o povo fosse surdo. As carreatas estão
sendo disputadas de tal forma que parece que o objetivo principal dessa
campanha é ver qual a coligação consegue levar mais carros para as suas
reuniões.
Paralelas a isso, outras formas de
campanha também estão sendo usadas como a distribuição de adesivos e santinhos,
carreatas, reuniões políticas, etc. esses recursos deveriam ser usados para
apresentar os seus candidatos e suas propostas de trabalho pelo município, sem
precisar, para isso, atacar os seus adversários, nem tampouco tentar denegrir
as imagens uns dos outros. O próprio povo condena essa atitude.
O fato é que com as campanhas “rolando
a todo vapor”, existem, vindas de todas as partes e/ou coligações, várias
reclamações: todos reclamam de ataque à honra, de ingratidão, “picuinhas políticas”, de falta
de experiência, de ultrapassado e até de doente. Um possível uso da máquina
administrativa para promover os candidatos da situação também está sendo
comentado e discutido na política ipiranguense. Neste caso, um desenho em
grafite, feito durante a realização da Semana da Juventude, em prédio público,
é visto por membros da oposição à atual gestão como uma propaganda subliminar. Nesse
grafite, segundo partidários e eleitores da coligação pró Zé Maria, aparecem as
letras T e H, iniciais dos candidatos apoiados pela Prefeita Iolanda. Se isso,
de fato existir, configura-se uma prática irregular por estar inserido em
patrimônio público do município.
Propaganda subliminar é toda aquela
mensagem que é transmitida em um baixo nível de percepção, tanto auditiva
quanto visual. Na política ela não é permitida quando é feita em locais,
patrimônios e/ou prédios públicos.
Portando, percebe-se que a campanha
está só começando e isso sinaliza para o intenso debate que haverá em torno das
últimas administrações de Ipiranga. Um debate vago, diga-se de passagem, por não levar à população a mensagem que realmente o povo quer ouvir.
Os tucanos serão questionados ao
extremo sobre as três vezes em que Zé Maria foi prefeito, quando, em 12 anos, segundo os seus adversários, não
fez tudo o que tinha que ser feito pelo município. Do outro lado, há o papo já
manjado de amor por Ipiranga, que há 8 anos acompanha os “filhos da terra” e que, segundo os simpatizantes da outra coligação, pode não colar
dessa vez.
Certo mesmo é que ou se apresentam
propostas concretas para solucionar os problemas de Ipiranga do Piauí, ou o
povo aprende com os erros e busca uma resposta a esses que prometem, que
enganam e não cumprem os planos tão bem elaborados durante as campanhas e que
são esquecidos durante a administração.
Veja a foto que se comentam ser
propaganda política subliminar:
Foto de desenho (grafite) feito em muro próximo à Biblioteca Municipal |